segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pertencer





Estar tampouco
Em um lugar que desmerece
Como alguém que esquece
O sentido de sentirmos

Olhos inertes
De movimentos cautelosos
Temem enxergar a dor
Esquecem o fervor de um coração ativo

Emergir sensações inolvidáveis
Sem receio, sem rancor
Permitir-se estar sem pudor
Sendo somente aquilo que queres

É estar!




Carolinne Bass

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Passado que Nunca me Pertenceu






Vontade de voltar ao que não vivi, os melhores tempos da minha vida seriam aqueles que eu não passei...
Vivo a imaginar como seria a vida quando tudo era pura simplicidade, onde as atitudes valiam mais do que as palavras, onde os gestos eram realmente verdadeiros, quando escrever um bilhete ou uma carta era uma das formas de demonstração de afeto mais bonitas, era escrito com a sua letra, era realmente você, mesmo que fosse um verso de um poema, ou uma música...
Que a verdadeira infância volte, que as crianças corram na rua e se machuquem, que chorem quando a mãe os chamar pra ir pra casa dormir, e não que chorem pra ficarem dentro de casa, perdendo os melhores momentos da vida, que é a própria vida...
Um passeio no parque, observando a natureza sem pressa ou preocupação, sentir os mais diversos perfumes que existem, tomar um sorvete sentado num gramado, conversando com seus amigos, ouvindo boa música, jogar conversa fora é uma das melhores formas de aproveitar a vida...
Tudo isso e muito mais não existe hoje em dia, o que é uma tristeza, gostaria muito de viver tudo isso, viver como se fosse natural, e não apenas por querer viver.




Carolinne Bass

sábado, 10 de agosto de 2013

Soneto aos medos





Seja impermeável mergulhando em um mar sombrio
A força de sua maior fraqueza
O ar do seu sufoco
A luz das suas trevas

Respire calma e profundamente
Transpire sem se preocupar
Sinta sem fugir
Permita-se vivenciar

Abra os seus olhos
Olhe pra si mesmo
E diga o que vê

Você é puro medo
Medo de existir
Medo de viver



Carolinne Bass

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Braços





Nos teus braços, meu querido, tenho tudo que preciso.
Me aquecem nos dias frios, me amparam nos dias tristes, me aconchegam nos dias quentes, me seguram numa queda, me protegem a qualquer hora.
É nesses braços que eu gosto de deitar, nos seus braços, meu querido, que eu quero sempre estar.
Os braços que tem o encaixe perfeito do meu corpo, braços que me relaxam, me acalmam e tem o abraço mais gostoso.
São esses braços que me alegram, me proporcionam a maior felicidade, é neles que encontro um verdadeiro sentimento.
E tudo isso que teus braços me causam é o que sempre dificulta a nossa despedida, pois os teus braços, meu querido, são os quais eu não gosto de ver partir.



Carolinne Bass

sábado, 20 de abril de 2013

Sentimentos Naturais





Nada é mais aconchegante do que uma brisa do crepúsculo no rosto, aquele vento que sentimos não só na pele, mas também na alma.
Nada é mais bonito do que ver as nuvens passando em um céu muito azul, imaginar formas peculiares, que muda a cada ponto de vista.
Sentar na beira da praia ao pôr do sol e ficar a observar o mar cada vez mais agitado a cada hora que passa, cada vez mais próximo.
Analisar os movimentos involuntários e precisos dos animais, em sua jornada pela sobrevivência, fazendo coisas e nem sabem o porque, muito menos se questionam, apenas fazem até a morte.
Ver as estações do ano mudarem, perceber a magia que acontece anualmente e saber que é imperceptível para muitos, assim como as fazes da lua, uma beleza exuberante.
Plantas que balançam de um lado para o outro, incansavelmente, incessantemente, interminavelmente, o vento as coloca pra dormir.
Ver a chuva chegar e não se esconder, apenas aproveitar o toque de cada gota em seu corpo, como se fosse a última coisa a se fazer.
Isso sim é viver de verdade!



Carolinne Bass

quarta-feira, 3 de abril de 2013

As Flores





Desde pequena vi minhas avós cultivando plantas, dentre elas a que mais me chamou a atenção sempre foi a flor.
A cada toque na terra molhada, o cheiro me causava uma sensação inebriante...
A minha impaciência ao ver os brotos crescerem aos poucos, era a recompensa ao vê-los em pleno êxito, em sua forma majestosa e radiante, desabrochando a cada amanhecer, virando botão ao anoitecer, é como mágica para os meus olhos.
A flor, com suas pétalas delicadas, cores exuberantes, um jardim é a perfeição!
A euforia das flores ao sentir o sol, o contemplando durante todo o dia, faz dele seu alimento espiritual, sim, as flores tem sentimentos!
A velhice de uma flor deve ser tratada com respeito, sua sensibilidade está maior do que nunca, perceptível!
A morte de uma flor é uma perda inestimável, menos uma vida a se admirar, menos um perfume pra agradar o ar.
Meus pêsames a todas a flores perdidas.



Caroline Bass

domingo, 31 de março de 2013

Apenas um suicida





Aqui estou eu, sem sentido como sempre, apenas passando pela vida...
Nada mais me interessa, não existe nada que me motive, e saiba, eu tentei!
Somente quero agora a paz que nunca tive em vida, críticas e julgamentos não me afetam mais...
Mas será que a paz existe? Terei que morrer pra descobrir.
Admito, minhas mãos tremem ao tocar a arma, a mantenho londe de mim, por hora...
Já chega, preciso de coragem, não posso ser covarde em meu último momento, se bem que tirar a própria vida é a maior covardia de todas...
Qual é, vamos lá, por que não estou conseguindo ir adiante? Seria uma ideia falha?
É verdade então o que disseram, a pessoa realmente começa a pensar sobre a vida na beira da morte.
Lembrei-me de meu primeiro carrinho, ganhei de meu avô, foi um momento feliz, sim, eu fui feliz algumas poucas vezes...
A primeira bronca dos meus pais, quando me pegaram drogado no quarto, eu realmente saí do controle naquela vez...
Confiança? Jamais tiveram depois do ocorrido, só me olhavam torto, e com razão, eu não parei de usar drogas...
Acho que nunca tive o apoio que precisei, a força necessária, alguém do meu lado, sempre só.
Me peguei pensando esses dias em como minha vida poderia ser diferente, mas na verdade não, tinha que ser assim!
Então aceito meu destino, acho que nasci pra morrer, mais do que qualquer um, então peguei a arma, estou acostumando minha mão com o objeto, já não tremo mais, o medo acabou...
Então é isso, não tenho nada a dizer pra ninguém!



Carolinne Bass

quarta-feira, 20 de março de 2013

Paradoxo Irreversível





Devaneios me mostram a razão
Que a sanidade jamais permitirá
Discrepâncias sentimentais
Inimagináveis, diga-se!

Oscilação de pensamentos
Tão claros quanto um dia nublado
Perplexidade me define
Em um momento de clareza 



Carolinne Bass

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Inefável





Memórias soltas no vento parado
Uma paz alcançada que não traz sossego
Sublimes momentos concedidos no acaso
Interrompem minha calma espiritual
Pensamentos constantes, inevitáveis
Presença de inúmeros anelos
Me tiram da realidade
Não me permitem o foco
Os sentidos esvaecem
Disgregando certezas antes reais
Inefáveis sentimentos
Buscando razão onde nunca haverá



Carolinne Bass

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Volupias





A irresistibilidade de uma gota de suor
Que desce sem pudor em suas costas quentes
Inebriante é a dança de nossos corpos
Causadora dessas gotas infames
Respirações que ofegam delirantes
Ardências flamejantes queimando
Sensatez que já sucumbiu
A exatidão de carícias precisas
Umidades são frutos dessas carícias
Olhares internos que veem dentro de si
Um cansaço de puro alívio
Relaxando ao puro gozo



Carolinne Bass

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

In Satisfação





A ideia de que estamos satisfeitos
Não passa de comodidade
Aceitamos essa condição
Apenas pelo que nos dizem que é certo

Se estamos bem para as pessoas
Jamais estaremos bem para nós mesmos
Geralmente não conseguimos perceber
Essa significante diferença

Somos seres facilmente manipulados
Fragilidade e vulnerabilidade
Habitam nossas mentes
Numa constante alienação

Tudo que parece certo
Tem um toque de erro
Tudo que parece errado
Certamente nos faz felizes

Escolhas são importantes
Análises fundamentais
Conhecer os próprios gostos
Te faz bem mais capaz

Somos o que queremos
Tudo depende de nós
A força está na vontade
E naquilo que nos satisfaz



Carolinne Bass

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Desapego





Pensamentos turvos
Vem me importunar
Me levam ao passado
Que não quero lembrar

Tentar fugir é inútil
Preciso encarar
O fato de nada
Poder apagar

É lembrando que se esquece
Encarando que se sente
Libertando-se das correntes
Que aprisionavam a mente

Quando o alivio vai chegando
Imediato e permanente
A segurança e a liberdade
Tomam conta da minha mente

Esclarece a condição
Em que precisa se lembrar
Pra ser livre de verdade
Tem que se libertar

Tudo que não vale a pena
Tem que desapegar
Permitir o que há de bom
Que o futuro lhe trará



Carolinne Bass

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Insano





Achando ser super herói
Voei em busca de nada
Sem nenhum perigo a vista
Comecei a caminhar

Conheci uma velha bruxa
Cozinheira de um bar
Colocava em seus cozidos
Jazidas e frutos do mar

Sento ao lado de um gnomo
Mau humorado por sinal
Não puxei nenhum assunto
Ele lia meus pensamentos

Me falou que estava triste
Em ver a minha solidão
Não haviam motivos de existência
Pro meu pobre coração

Ao sair do bar transtornado
Tropecei numa pedra ônix
Guardei-a em meu bolso
Apenas como recordação

Sinto algo me puxando
Me tirando daquele momento
Me vejo coçando os olhos
Estou quase acordando

As luzes do sol no meu quarto
Me mostram que foram sonhos
Não consigo acreditar
Ponho a mão no bolso

La se encontra a pedra ônix
Que guardei de recordação
Agora realmente não sei
O que é verdade ou ilusão



Carolinne Bass

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Paranormal





Sonhos que revelam
Um futuro bem próximo
As vezes me assustam
Qual é a desse negócio?

As vezes é difícil
Acreditar no que se vê
Já tinha visto o momento
Vivido aquilo uma vez

São coisas frequentes
Parece um sinal
As vezes para o bem
Como também pro mal

Há coisa bem banal
Há algo importante
Presto bem atenção
Me lembro no instante

Que vejo aquela cena
Repetida em minha mente
Sonhando numa noite
Acontecendo de repente



Carolinne Bass

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ludibria





Mentes confusas
Sem percepção
As vezes não compreende
Que encantas tua mente
De forma inerente
O tira da razão

Simétrica ilusão
Que está a te envolver
Que branda o pensamento
E em nenhum momento
Percebe ao certo
O que está a acontecer

Enganas facilmente
A si mesmo por querer
Crer apenas no que queres
A verdade não pode ver
O transe que o consome
Não permite perceber

Estas a viver um conto
Onde tudo parece bom
A alegria está sempre ali
O momento que precisas
Para fugir do real
Que pra muitos é fatal



Carolinne Bass

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Escolhas





Toda vez que penso
A respeito da vida
Me lembro de escolhas
Que sempre me intrigam

Atitudes erradas
Em horas corretas
Que prendem no momento
Liberta na hora certa

E sempre consome
A paz e o sossego
Trazendo sentimentos
De culpa e receio

Logo mais o tempo passa
Abrimos nossa mente
Se torna bem mais simples
Descomplica de repente

Sentindo a liberdade
Em nossa consciência
Sabendo que é capaz
De fazer a escolha certa



Carolinne Bass

sábado, 19 de janeiro de 2013

Soneto às falsas desculpas





Se for pra não pensar
No que vai se falar
Melhor não abrir a boca
Pra não se arrepender

O que vai se ouvir
Pode não agradar
Pois desculpas em vão
Não são fáceis de aguentar

E quando é descoberta
A falsa intenção
O irônico perdão

Perturba a consciência
O mostra a insolência
De sua falsa razão



Carolinne Bass

Gostos





Gosto do bom gosto
Da peculiaridade
Isso não está em todos
Muitos são iguais
Seguem um padrão
Não são nada especiais

O individualismo
Causa aperfeiçoamento
E a intolerância
Provoca apuração
Ninguém da atenção
A esses sentimentos

Conquistar o seu espaço
É uma prioridade
Que não tem idade
É muito bom saber
Tudo que você gosta
E só isso fazer

Tem gostos diferentes
Tem gostos bem iguais
São bem originais
Aqueles que não cedem
Pois nunca se arrependem
Tem que ser o que se quer



Carolinne Bass

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Em busca da amizade





E a quem devemos culpar
Aos erros cometidos
Na incessante busca
De um verdadeiro amigo

No fundo nós sabemos
Não devemos esperar
Ajuda e compreensão
Sempre vai nos faltar

É nessa estrada longa
Que vamos descobrir
Que os verdadeiros vão
Pra sempre existir

Mas para analisar
Essa situação
Precisamos de tempo
E muita atenção

Precisamos lembrar
Daquela velha história
Um amigo de verdade
Jamais vai embora



Carolinne Bass

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Os Abraços





O conforto responsável
Por esse sentimento
De ternura e aconchego
Que sinto no momento

Um abraço é o culpado
Por essa sensação
Que deslumbra aos olhos
Refletindo no coração

Envolve mais que o físico
É bem mais espiritual
Onde fluem pensamentos
Não existe nada igual

E aos que experimentam
Sem nenhuma expectativa
Mesmo assim são afetados
Pelo que significa

Uma forma de encontrar-se
Com alguém intimamente
Tão profundo como o abraço
Só o mesmo novamente



Carolinne Bass

Soneto de um olhar





Compreendo seu olhar
Até quando não quer ser compreendido
Os desvendo facilmente
Do feliz ao deprimido

Um olhar nos mostra muito
Transparece sentimentos
Não adianta ocultá-los
Ficam claros no momento

Olhar que me seduz
Que me prende e me sufoca
Que aos poucos me induz

Olhar que me encanta
Me envolve e me acolhe
Que também me acalanta



Carolinne Bass

A chuva





Ó chuva poderosa
Cai gotinhas sobre o mar
Ó chuva milagrosa
To cansada de esperar

Não te vejo a um certo tempo
A chuva me traz saudade
E com a falta da chuva
Sinto infelicidade

Chuva que traz paz
Pra alma e coração
Ouvir suas gotinhas
Caindo pelo chão

Janela ou telhado
É a mesma sensação
Uma felicidade branda
Me toma o coração

Por isso, ó chuva
Não demore pra voltar
E o tempo ta passando
Me permita descansar



Carolinne Bass