domingo, 31 de março de 2013

Apenas um suicida





Aqui estou eu, sem sentido como sempre, apenas passando pela vida...
Nada mais me interessa, não existe nada que me motive, e saiba, eu tentei!
Somente quero agora a paz que nunca tive em vida, críticas e julgamentos não me afetam mais...
Mas será que a paz existe? Terei que morrer pra descobrir.
Admito, minhas mãos tremem ao tocar a arma, a mantenho londe de mim, por hora...
Já chega, preciso de coragem, não posso ser covarde em meu último momento, se bem que tirar a própria vida é a maior covardia de todas...
Qual é, vamos lá, por que não estou conseguindo ir adiante? Seria uma ideia falha?
É verdade então o que disseram, a pessoa realmente começa a pensar sobre a vida na beira da morte.
Lembrei-me de meu primeiro carrinho, ganhei de meu avô, foi um momento feliz, sim, eu fui feliz algumas poucas vezes...
A primeira bronca dos meus pais, quando me pegaram drogado no quarto, eu realmente saí do controle naquela vez...
Confiança? Jamais tiveram depois do ocorrido, só me olhavam torto, e com razão, eu não parei de usar drogas...
Acho que nunca tive o apoio que precisei, a força necessária, alguém do meu lado, sempre só.
Me peguei pensando esses dias em como minha vida poderia ser diferente, mas na verdade não, tinha que ser assim!
Então aceito meu destino, acho que nasci pra morrer, mais do que qualquer um, então peguei a arma, estou acostumando minha mão com o objeto, já não tremo mais, o medo acabou...
Então é isso, não tenho nada a dizer pra ninguém!



Carolinne Bass

quarta-feira, 20 de março de 2013

Paradoxo Irreversível





Devaneios me mostram a razão
Que a sanidade jamais permitirá
Discrepâncias sentimentais
Inimagináveis, diga-se!

Oscilação de pensamentos
Tão claros quanto um dia nublado
Perplexidade me define
Em um momento de clareza 



Carolinne Bass